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Saiba Mais - Perguntas e Respostas

TRANSPLANTE DE NARIZ

 

     Quem nunca quis trocar o nariz de seu filho por um novinho? Isso mesmo, transplantar um nariz novinho em folha, sequinho, sem secreção, sem catarro, sem escorrer como uma bica.

     Praticamente todos os lactentes e pré escolares (bebês nos primeiros meses de vida até crianças com 2-3 anos) que moram em cidades com clima seco e frequentam escolinhas apresentam estes sintomas. O nariz parece que nunca vai melhorar, apresenta períodos em que a secreção diminui, outros aumenta e fica amarelo-esverdeada, mas sequinho, sequinho…jamais. Coriza e obstrução nasal são sintomas, geralmente relacionados a infecções virais das vias aéreas superiores. São os principais sintomas dos resfriados. No texto “Odeio Virose” vocês aprenderam que uma criança pode ter de 8 a 10 infecções virais ao ano, o que significa que ela pode adquirir um resfriado novo todo mês. Se considerarmos que a coriza e a obstrução nasal são os primeiros sintomas a aparecerem e os últimos a sumirem, a criança ficará praticamente em período integral com esses sintomas.  Quando uma criança vai para a escola, ela leva consigo vírus e bactérias que adquiriu no seu convívio familiar (e para os quais já possui anticorpos formados, ou seja, são imunes a esses “bichos”) e os transmitirá às outras crianças. Estas, por sua vez, farão o mesmo. Ou seja, no início da vida escolar, ocorre, literalmente, um intercâmbio de vírus e bactérias entre as crianças, o que é perfeitamente normal, tendo em vista o contato íntimo que elas têm (compartilham os mesmos brinquedos, tem contato físico durante as brincadeiras). O que acontece é que, a cada vírus ou bactéria novos com que a criança tem contato, ela adoecerá, e o organismo precisará produzir anticorpos contra esses microrganismos. Nesse período (que pode durar meses a anos), a criança adoecerá bastante, geralmente com infecções de menor importância, que não necessitam de tratamento específico. Após o sistema imunológico produzir anticorpos suficientes para uma boa “defesa” da criança, as infecções, como num passe de mágica, diminuirão, e o nariz, finalmente, melhorará. Antigamente, como as famílias tinham vários filhos, e o início da escola era mais tardio, todas essas infecções eram adquiridas em casa, o que dava a falsa impressão de que as crianças de antigamente adoeciam menos que as crianças atuais. E não há tratamento específico para isso. Os antigripais são inúteis e só aumentam a ansiedade dos pais frente a um efeito que nunca é atingido. É preciso dar tempo ao organismo para ele mesmo combater tal infecção. É importante ressaltar que a cor da secreção do nariz da criança, ao contrário dos adultos, não significa nada e não é sinal de sinusite. Também é importante ter cautela ao diagnosticar processos alérgicos, sobretudo em menores de 1 ano, pois isso rotula a criança com diagnóstico de uma doença crônica, e qualquer infecção que ela tiver a partir de então será atribuída à alergia, o que pode prejudicar o diagnóstico de outras doenças.

     Bom, o mais importante (e difícil) disso tudo, é ter muita paciência e se conscientizar que, na maioria das vezes, quem se incomoda com o nariz somos nós, as crianças pouco se importam com esses sintomas.

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