Intervalo mínimo entre as vacinas

Esta é uma dúvida que surge de maneira recorrente entre os pais. E muitas vezes não há consenso entre as clínicas de vacinação e postos de saúde.

O Estado de São Paulo possui uma Norma Técnica do Programa de Imunização, cuja última atualização foi publicada em 2021. Nesta norma há informações detalhadas sobre as vacinas do calendário vacinal infantil, bem como orientações sobre simultaneidade entre aplicação de vacinas e intervalo mínimo entre as mesmas.

Basicamente, o cuidado com intervalo mínimo de administração entre vacinas, refere-se exclusivamente às vacinas compostas por vírus vivos atenuados, especificamente as vacinas Tríplice viral-SCR (sarampo, caxumba, rubéola), Tetra viral-SCRV (sarampo-caxumba-rubéola-varicela), Varicela e Febre Amarela. Essas 4 vacinas não devem ser administradas simultaneamente, e recomenda-se um intervalo de 4 semanas entre as aplicações. Por exemplo: se recebeu a vacina de Febre amarela, deve aguardar 1 mês para administrar a Tríplice viral.

No link https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/imunizacao/2021/norma_de_imunizacao_2021_2.pdf, você encontra as informações sobre intervalos mínimos entre as vacinas.

Para todas as outras vacinas do calendário (vide texto sobre o calendário vacinal atualizado), não há nenhuma obrigatoriedade de intervalo mínimo entre as doses. Ou seja, a criança pode tomar a pentavalente na segunda feira, a meningo ACWY na terça feira, a pneumocócica na quarta feira e a meningo B na sexta feira.

Também não há limitação quanto à quantidade de vacinas a serem administradas no mesmo dia (2, 3, 4 vacinas). Em casos de atrasos vacinais, é possível atualizar várias vacinas no mesmo dia. Os postos de saúde e clínicas de vacina, para evitar muitas injeções no mesmo dia às crianças, por vezes, orientam administrar as vacinas de maneira fracionada. Mas isso é apenas uma sugestão, não precisa ser seguida à risca.